Lucas Paim, a mão milagrosa da fisioterapia em Euclides da Cunha e Salvador

Foto: Reprodução Instagram/Divulgação

Como tudo começou 

Fisioterapeuta esportivo, pós-graduado em UTI e em Osteopatia, ele já foi jogador de futebol de base, mas parou aos 18 anos porque “na minha época não estava dando dinheiro”. Passou pelo Exército e foi motorista de táxi para pagar a faculdade de fisioterapia. No 9º semestre, conheceu o fisioterapeuta do Vitória, Marcos Teoba, que o convidou para trabalhar com ele, o que mudaria o rumo de sua vida. “Eu não acreditei. Era a oportunidade que eu queria. Para mim, ele é o melhor do Brasil”.

No Papo com Especialista dessa semana, conheça um pouco da trajetória profissional de Lucas Paim, a mão que já curou centenas de pessoas de Euclides da Cunha, Salvador e de várias outras partes do mundo.

Lucas atuou com seu mentor, Marcos Teoba, durante alguns anos. “Foi onde eu aprendi tudo, foi onde mudou a minha vida. Eu sou o que sou, agradeço a ele”. Três anos de trabalho na parceria, Lucas percebeu que era hora de alçar voo solo. Foi aí que ele transformou uma garagem em Euclides da Cunha no seu consultório, uma grande sacada profissional, embora muitas pessoas, inclusive amigos, o desencorajaram. “Você é doido, ninguém paga, não”, diziam para mim, lembra ele.

Atuando há dois anos em Euclides da Cunha, hoje ele atende, em média, 15 a 23 pessoas nos finais de semana que está na cidade. “Fui pioneiro na cidade e tenho orgulho de dizer isso. É bom quando você é o primeiro”, confessa, sem esconder a alegria. Para ele, nessa relação consultório-paciente, ganha também a cidade. “A população ganha muito porque é um tratamento diferenciado”.

Diferencial

Fazendo uso de muito do que há de mais moderno na área, seus pacientes ficam sob os cuidados de suas mãos por, em média, cinco sessões. Seus métodos são comprovadamente mais velozes e mais eficazes que os tradicionais aplicados na fisioterapia convencional, além de técnicas avançadas e trabalho personalizado. “Eu não fico muito tempo com o paciente aqui, esse que é o meu diferencial. Cada lesão requer um tratamento específico. É uma fisioterapia personalizada”, explica.

E foi a eficácia do seu trabalho que lhe rendeu um nome na Bahia e que atrai pacientes até de outros países, como Japão, Suécia, Alemanha, Itália, Suíça e Coréia do Sul. Em Salvador, ele atende muitos atletas profissionais que o procuram por conta própria ou que são enviados por clubes, nacionais e estrangeiros. No consultório de Euclides da Cunha, ele ostenta uma camisa de uma atleta da Indonésia. “Em Salvador, eu tenho várias”, conta, orgulhoso. Lucas conta que o fato de atender muito atleta e artista ajudou sua carreira a dar uma guinada. “Isso lhe dá uma credibilidade maior”, acredita.

Um dos métodos utilizados por Paim e que diferencia seu atendimento do convencional ofertado pelo SUS, por exemplo, é a adesão à EPI (Eletrólise Percutânea Intratisular), considerada a descoberta espanhola mais importante do século para a fisioterapia mundial. Segundo Paim, a técnica consiste em acelerar o processo de cicatrização para partes moles (músculos, tendões e ligamentos). “É fantástica a técnica, e são poucas pessoas que fazem. Em Salvador, só o Bahia e o Vitória e mais uns dois fisioterapeutas que utilizam”, explica.

Ele acrescenta que não se trata de uma técnica simples e requer certos cuidados para não machucar o paciente. “Você tem que fazer o curso, e com pessoas realmente capacitadas. Eu fiz com o fisioterapeuta que criou a técnica, com o pai da técnica. Eu era uma pessoa antes dessa técnica e depois eu virei outra pessoa”, lembra.

Embora utilize equipamentos de ponta, Paim deixa claro a importância das mãos na atividade. “Aparelho nenhum vai substituir a nossa terapia manual para recuperar o paciente; é fundamental. Nada vai substituir a nossa mão. Isso aqui é o fenômeno que tem na fisioterapia”, defende, apontando para as mãos dele.

Quando perguntamos quantos clientes ele atende atualmente entre Salvador e o interior, ele não soube dizer. “É muita gente”. Em Euclides da Cunha, os casos mais graves de pacientes que o procuram são lesão de coluna e joelho. “Eu não vou mentir, eu vim andar com a fisioterapia dele”, conta a agente de saúde Fátima, que chegou à clínica para sua segunda sessão e disse para a reportagem que já se sente melhor com apenas uma visita.

Além de atender em seus dois consultórios, Lucas Paim já cuidou com suas mãos e técnicas atletas do Palmeiras, Fortaleza, Ceará, Vasco, Botafogo, Galícia e Ypiranga, dentre outros. Atuando como fisioterapeuta no Lusaca, ele carimbou também em seu currículo o título de campeão baiano de futebol feminino em 2017, uma façanha inédita da equipe. Foi ele quem, também, ajudou a Seleção Euclidense masculina de futebol em 2018 a conquistar o título de vice-campeão baiano.

Ao falar sobre o futuro, ele não esconde suas intenções. “Um dos meus sonhos é ser fisioterapeuta do Esporte Clube Bahia, pelo fato de ter jogado na base do Bahia, pelo fato de ser torcedor do Bahia, é um time que eu admiro muito e é um dos sonhos que eu quero realizar”.  Ele diz “um dos sonhos” porque também vislumbra a Seleção Brasileira de Futebol ou algum clube da Europa. “Por que não? ”, diz, confiante.

Soteropolitano, Lucas Paim está prestes a receber o título de cidadão euclidense proposto pelo vereador Junior da Pax, pelas inúmeras contribuições que tem dado ao povo euclidense. Nada mais justo. “Deus me deu esse propósito, de ajudar as pessoas. Tem muita gente precisando. Eu me considero um vencedor”, confessa.

Onde fica

Consultório Euclides da Cunha  – Rua Otávio Mangabeira, nº 218 – Centro (Rua do Rico)

Consultório em Salvador – Rua Belo Horizonte – Empresarial Manoel Laureano Campos, nº 102 – Sala 403 – Barra – Jardim Brasil.

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