JOSÉ DÍLSON ALMEIDA PINHEIRO, nascido no dia 23 de abril de 1950, na cidade de Euclides da Cunha/Bahia, filho do senhor José Lourenço Pinheiro e da senhora Edithe Martins Pinheiro, de uma família numerosa, José Dílson tinha seis irmãos: João, Zorildo, Zélia, Perpétua, Waldete e Waldir. Hoje, 04 de agosto de 2023 é um dia visitar as memórias afetivas que se faz presente, mesmo na ausência sentida do grande locutor, do grande repórter, do grande motorista, humorista, o grande escutador e contador causos e prosas, versos que narravam as linhas e as histórias de muita gente. José DílsonPinheiro ou simplesmente Zé Dílson como era conhecido e tratado pelos seus amigos.
Com a voz marcante e inconfundível Zé Dílson, conquistava a todos por onde passava, seu registro fielcom o timbre de voz se tornou cantor e fez história na banda The Lunickson (décadas de 60/70) – Banda fundada por senhor Edmundo Esteves, uma parceria marcada que embalava as grandes festas de Euclides da Cunha. Zé Dílson, além de cantor era locutor e fazia todos pararem para ouvir seus discursos, seus causos, suas histórias sempre com uma pitada de humor sem deixar ninguém perder o riso.
O que poucos sabem é que o Zé Dílson, teve uma vida bem agitada, fazendo parte da câmara de vereadores e legislando na cidade de Quijingue por dois mandatos, como vereador um defensor da cultura e da educação.
Zé Dílson tinha inúmeras atribuições, muitos cargos para prover a dimensão de respeito conquistado pela sua simplicidade e humildade, quis o destino nos deixar com as reminiscências desse grande e generoso homem, que partiu abruptamente sem nem ao menos dizer: Até logo!
E, foi no dia 04 de agosto de 2019 naquele domingo nublado: nem quente e nem frio, às 16h recebia a triste notícia, que abalou não somente a mim, mas a todos que tiveram o prazer de conhecer e conviver com esse grande homem, a cidade de Euclides da Cunha estava em luto,perdíamos um filho ilustre que muito contribui com a cultura e a história da nossa cidade.
O âncora do site Euclidesdacunha.com, o radialista, o mestre de cerimônias que apresentava as atrações do grande Arraiá do Cumbe, Zé Dílson era um grande analista cognitivo, ou seja, polivalente conseguia com maestria executar as mais diversas funções: locutor de carro de som, radialista, técnico e dirigente da seleção municipal de futebol, motorista, um homem transgressor à frente de seu tempo, de uma sensibilidade e astúcia incomparáveis apaixonado por futebol, o vermelho e preto era sua paixão: Flamengo era o seu time do coração.
Nos versos do grande cantor Flávio José o grande locutor, o grande escritor, sim! Zé Dílson era o âncora no site Euclides da Cunha, e suas matérias rendiam grandes comentários, e Zé Dílson, conseguia adentrar no mundo da escrita de forma a tocar a alma do leitor, foram muitas as vezes que me emocionei ao ler suas matérias. O tom deseriedade a forma peculiar de escrita, sem dúvidas, o site Euclides da Cunha, poderia reunir as reminiscências da escrita de Zé Dílson e transportar para transdução para homenagear o grande potencial de escrita do Zé Dílson, como nos versos de Flávio José:
Posso até suportar saudades suas
Se até mesmo a lua se faz mais bonita por conta do amor
E é só você chegar pra vida ficar bela
Uma linda aquarela, estampada e pintada com lápis de cor.
Transdução essa transformada em uma linda aquarela estampada e pintada com lápis de cor essa era a música que fazia o nosso locutor parar, refletir, falar, interrogar e nos provocar com suas reflexões sobre o instante e sobre os elos da vida.
Sem formação acadêmica, mas quem ousasse a falar com Zé Dílson, não sabia imaginar o grau de conhecimento ímpar na qual parafraseando o grande Mestre Freire: “A leitura de mundo precede a leitura da palavra”. De uma retórica singular Zé Dílson sabia conduzir a palavra, era/é um gigante que conhecia os mais diversos tipos de assuntos.
É este legado sólido, aberto e singular do filho ilustre da nossa cidade. O pai do Anderson, Darlan e Nichole o esposo da senhora Maria Cristina, o legado do Zé Dílson permanece vivo.
Zé Dílson um homem singular, sua criticidade,condução linear para abordar os mais diversos assuntos faz desse homem um grande. Por isso, o desafio, de escrever e falar do grande amigo JOSÉ DÍLSON PINHEIRO, o homem que acreditava na força da cultura popular e que todos os anos fazia questão de cobrir a festa da Quadrilha Carcarás do Sertão, no bairro Duda Macário.
Falar de Zé Dílson deveria ser fácil. Ele sempre simples e acessível. Por outro lado, é tão imensamente incrível que é difícil saber por onde começar ou a hora de parar. A trajetória de vida, marcante e transformadora de um homem comprometido socialmente e humanamente.
Prof. Me. Horestes Moura, em 04 de agosto de 2023