Os caminhoneiros de diversas regiões do país estão organizando uma paralisação nacional nesta quinta-feira (4), devido a um aumento de insatisfação acumulado ao longo dos últimos meses. Segundo lideranças do movimento, a mobilização não possui caráter político, mas sim reivindicatório, e reflete as dificuldades enfrentadas diariamente nas estradas brasileiras.
Entre os motivos apontados pela categoria estão a baixa remuneração, a falta de segurança nas rodovias, a dificuldade em cumprir normas por ausência de infraestrutura adequada e a sensação de desvalorização profissional. Os caminhoneiros afirmam que, apesar da relevância para a economia nacional, trabalham em condições cada vez mais desafiadoras.
Entre as principais reivindicações, destacam-se: Estabilidade contratual, Revisão do Marco Regulatório do Transporte de Cargas, Cumprimento efetivo das normas já existentes (muitas vezes ignoradas por falta de fiscalização ou estrutura) e Aposentadoria especial após 25 anos de atividade, em razão dos riscos e desgaste físico característicos da profissão.
Apesar da grande mobilização em diferentes estados, o movimento enfrenta divisões internas. Segundo esses representantes, nenhuma assembleia foi convocada e decisões dessa magnitude devem ser tomadas com diálogo, votação e consenso, o que segundo eles, isso não ocorreu.
Mesmo assim, lideranças de outros estados garantem que há ampla adesão e disposição para interromper as atividades a partir do dia 4.
Fonte: Metrópoles
Por: euclidesdacunha.com.br / Cláudia Xavier