Carcarás do Sertão participa de Festival Regional de quadrilhas juninas e fica na terceira colocação

Carcarás do Sertão é a cultura viva e sinônimo  de orgulho não só para Euclides da Cunha, mas para o estado baiano, ao participar da vI edição do Festival de Quadrilhas Juninas Anarriê, que ocorreu excepcionalmente através do canal do YouTube em formato virtual.

Carcarás do Sertão ganha o terceiro lugar e sobe ao pódio junto com quadrilhas oriundas do estado Pernambuco, sendo a única representando a Bahia a estar entre os 10 primeiros colocados; em entrevista com um dos fundadores da Carcarás o então Prof. Me. Horestes Moura pudemos explanar a sensação vitoriosa e também conhecer um pouco mais da história do nosso ícone cultural desde sua história até a sua composição, nomes que elencam todo o brilho que nos encanta.

Com a palavra, Profº Me. Horestes Moura:

Que honra, desde já em meu nome e em nome da Junina Carcarás do Sertão, minha gratidão pela oportunidade e espaço. Grande prazer o nosso em partilhar de um contexto marcado por opressão/libertação e acima de tudo amor interior e empatia para com tod@s e empoderament@.

– Quantos anos de existência possui a quadrilha junina Carcarás do Sertão?

O grupo foi fundado no dia 13 de junho de 1999, tendo hoje 22 anos de existência. O encontro aconteceu quando na época trabalhava com Reforço Escolar.

 

– Qual a formação Carcarás: equipe, quadrilheiros?

Som@s um grupo que multidisciplinar e desenvolvemos trabalhos com cunho em diversas abordagens científica, pois Arte também é ciência. As abordagem epistêmica em comunidades de práticas, territorialidade e multirreferencialidade, etnografia, pesquisa-Açao, Memória são marcos científicos que está diretamente ligado ao grupo. O grupo é formado por mim Professor Me. Horestes Moura, sou mestre em Educação UNEB, sou Arte-educador pela UFBA, estou me doutorando pela UFBA e sou fundador da Junina Carcarás do Sertão junto com os cofundadores Sandro Oliveira & Nielson Anjos (in memória).

A equipe que direciona as ações do grupo:

Sandro Oliveira (Estudante de Pedagogia e vice-presidente da Junina); Professora Anayme Canton (Mestre em Educação UNEB, professora na Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) e responsável pelo acervo documental produções de artigo do Grupo em periódicos em revistas, bem como auxilia na produção do cenário); Israel Santana (estudante de Teatro UNEB, Senhor do Bonfim é dançarino e compõe o quadro dos Carcarás com oficinas, lives, e produção de Arte, Designer e projetos); Diego Correia ( estudante de Pedagogia desenvolve trabalhos de Produção e Arte e projetos); Marcelo Santana (estudante de Pedagogia FAEC, professor e aderecista); Marcos Gueba(atual Rei e Coreógrafo do grupo); Denis Oliveira (Pedagogo, especialista em Gestão, Coreógrafo); Franciele Brito (Dançarina e desenvolve trabalhos com a produção e equipe feminina); Priscila Nobre (estudante de Letras UNEB, dançarina e desenvolver trabalho de produção com a equipe feminina); Wellington Góis ( Estudante de Pedagogia FAEC e Ciências da Computação IFBA é Tesoureiro, Designer Gráfico); Lukas Lima (estudante de Pedagogia UNOPAR e desenvolver trabalho com a equipe masculina); Moisés Ribeiro (atual noivo desenvolver trabalho com a equipe feminina oficinas de Arte e maquiador); Adriana Reis (atual noiva, Pedagoga e Especialista em Gestão desenvolve trabalhos de vendas); Gleise Dias ( Atual Rainha do Grupo, estudante de Pedagogia FAEC e desenvolve trabalhos de vendas); Daiane Queiroz ( Pedagoga, especialista em Gestão, dançarina, professora e desenvolve trabalho de vendas no grupo e oficinas para crianças); Janaína Queiroz (Dançarina e desenvolve trabalhos de vendas e auxilia o grupo); Renato Cruz ( Técnico em Enfermagem, dançarino e produção do grupo); Manu ( estudante está vivenciando o processo de transição hormonal é uma menina trans e maquiadora); Alisson Costa ( Dançarino, Representante de vendas e maquiador); Felipe Dantas ( estudante, produção geral); Georgenes Poter ( Dançarino e Técnico de Enfermagem do grupo); Jadson Costa (estudante de comunicação, Primeiro noivo, e desenvolve trabalhos com o acervo cultural da Junina Carcarás).

– Qual a missão da quadrilha Carcarás do Sertão?

Desenvolver trabalhos que envolva os aspectos das Ciências Sociais, Movimentos Sociais em Espaços não formais de Educacão, História e Literatura para difusão do conhecimento tácito e explícito do Grupo com vista a modelagem e intervenção do conhecimento no contexto cultural.

– Como foi participar de um campeonato virtual de um evento tão renomado?

Experiência singular para um estudante que verbera os aspectos que envolve a cultura popular e por saber que estou na trilha de um trabalho humano e acima de tudo amoroso com minha cultura e minhas raizes sertanejas.

– Discorra sobre o impacto de vivenciar o cancelamento das Festas Juninas, no contexto do período pandêmico que atravessamos.

Os impactos são os mais diversos e cheio de indagações, a pandemia nos colocou a pensar, e perceber o quanto é importante olhar com zelo para o nosso próximo. Com essas ações tentamos fortalecer o movimento patrimonial vivo. Sairemos dessa e iremos com fé em Deus lutar na Resistência, pois Arte é Resistência. E precisamos unir forças para que o espetáculo ao livre continue e que sejamos ainda mais tolerante e solidários ao próximo com empatia e compaixão.

– Qual a sensação de alcançar essa incrível colocação no campeonato de quadrilhas juninas de vários estados do nordeste?

Ficarmos em terceiro lugar é isso reverbera sinônimo de Resistência e amor a Arte de Rua, espetáculo que traz colorido e inovação ao nosso São João. A votação foi aberta e de forma on-line sendo possível uma única vez para votação. Aqui aproveitamos para agradecer aos 832 votos que conseguimos, ficamos em terceiro lugar no dia 24/06/2021 concorrendo com 33 quadrilha, durante todo o mês de junho sendo no dia 24 um dia de São João e muitas pessoas festejando para mim a palavra é Ubuntu, pois nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos. No dia 24/06/2021 eram 4 quadrilhas todas muito lindas e todas de Pernambuco a única da Bahia foi Carcarás do Sertão para mim que coordeno o trabalho foi um marco histórico, singular e poético na vida e no trabalho da Junina. Esse trabalho não é meu é de grupo de jovens com faixa etária de 8 a 60 anos que transgredi o estado da Arte e acima de tudo que o trabalha no coletivo em prol da cultura e difusão do conhecimento. A margem de 32% mostra resistência do grupo perdemos para segunda com uma margem de 1%. Para mim somos vencedores o trabalho é feito com várias mãos a toda Junina Carcarás do Sertão só gratidão, aos colaboradores e a todes que nos ajudaram com o seu voto Ubuntu. É um marco para nossa cidade que precisa olhar com os olhos da alma nao vitrine como sabemos o que ocorre nos bastidores. Nenhum vereador/a de Euclides da Cunha, se mobilizou para saber a situação vulnerável de nenhum quadrilheir@. A vida de tod@s é complexa e falta sensibilidade humana, empatia e compaixão. A junina Carcarás do Sertão é patrimônio vivo do nosso sertão de Euclides da Cunha e digo isso, pois sei o quanto se gastar para fazer um espetáculo junino. A todas as quadrilhas meu respeito e admiração. A competição é no Arraial fora desse as quadrilhas precisam se unir ler sobre cultura literatura se apropriar de bases científicas e não envaidecendo egos se conhecer o que as culturas alcança e como movimenta a cidade. Venho vivenciando muitas experiências atualmente com professores da UFBA que a cada dia me surpreende com ensinamentos.

O portal de notícias euclidesdacunha.com expressa aqui, como mídia e euclidense o nosso orgulho e admiração pela Carcarás do Sertão.

 

 

 

Fotografias reproduzidas: Acervo pertencente às redes sociais da Quadrilha Junina Carcarás do Sertão.

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