O crescente número de casos da febre Oropouche tem preocupado autoridades de saúde e a população nos últimos meses. Até então, a doença causada pelo arbovírus (vírus transmitido por vetores) é desconhecida pela boa parte das pessoas, onde seu diagnóstico pode ser confundido por outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya.
A febre Oropouche se trata de uma doença viral, transmitida pelo mosquito maruim, ou mosquito-polvora, pertencente ao mesmo grupo dos mosquitos Aedes (incluindo o aegypti, transmissor da dengue), onde o mesmo pode causar surtos significativos, principalmente em áreas tropicais e subtropicais. Devido uma infestação do mosquito-polvora, a cidade de Luiz Alves, localizada no Vale do Itajaí, em Santa Catarina precisou decretar estado de emergência, onde os cidadãos relatavam desconfortos devido às picadas, dificultando o dia-a-dia da população.
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados até então 6.637 casos da febre, com a maioria concentrada nos estados do Amazonas (3.564 casos) e Rondônia (1.748 casos). Outros estados como Acre, Espírito Santo, Pará, Santa Catarina, Piauí, Roraima, Minas Gerais, Amapá, Pernambuco e Bahia possuem registros de casos.
No estado baiano, a partir do mês de março de 2024, seis casos foram confirmados da febre Oropouche, em abril os casos subiram para 8 e até o dia 3 de junho, último dia que foi feito o registro dos casos, já foram confirmados mais de 610 casos, segundo dados da Secretária Estadual de Saúde.
A febre Oropouche causa sintomas como febre súbita, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor muscular e nas articulações, podendo ser confundida por outras doenças como a Dengue devido a mesma apresentar sintomas semelhantes, sendo necessário uma atenção e cuidado maior dos profissionais de saúde na hora do diagnóstico.
Até então não existe um tratamento especifico ou vacina, o Ministério da Saúde recomenda que em caso de suspeita, busque atendimento médico o mais breve possível e manter o paciente em repouso, seguindo o tratamento indicado por um médico.
Para evita-la, o ministério orienta a todos evitarem locais com muitos mosquitos, se possível, usar roupas que cubram boa parte do corpo, uso de repelentes nas áreas expostas da pele, manter a casa limpa e evitar locais com água parada e folhas acumuladas.
Por euclidesdacunha.com | João Pedro
Fonte: SESAB, Ministério da Saúde, Fiocruz